segunda-feira, 8 de março de 2010



DIA INTERNACIONAL DA MULHER
 
" A mulher, como centro de universalização poética é aquela que tem nome e também sobre nome, é a que tem deveres, e também tem direitos, é a que chora, é a que ri, é a que é mãe e muitas vezes é também pai, é a filha, é a irmã, é a tia, é a avó...
Meninas!... Moças!... Senhoras!
... A todas as mulheres, sem distinção de cor, credo e tribo.
Solteiras!... Concubinas!... Casadas!... Essencialmente emancipadas!
A mulher professora, a mulher doméstica, a mulher motorista, a mulher atleta, a mulher empresária, a mulher presidenta, a mulher proprietária... Independentemente a profissional mulher...
A mulher em beleza, Elegância e Sensualidade!
A mulher que elege a mulher eleita, a mulher escritora, a mulher pintora, a mulher que canta, e encanta... A mulher da arte... A mulher obra de arte...
A mulher em casa, na rua ou no trabalho...
Em essência mulher, unicamente mulher!
A mulher amada... Amante... Apaixonada...
A mulher urbana, a mulher rural...
A mulher singular, a mulher plural...
A mulher intrinsecamente maniqueísta!
A mulher feminina, a mulher feminista...
A mulher de uniforme, de saia, de vestido, de calça, de short e camiseta, calcinha e sutiã, de biquínis... A mulher em pele... A mulher em alma...
A mulher em formas aos olhos de quem se tem a admirá-la...
Magra... Gorda...
Negra... Branca...
Baixa... Alta...
Em essência mulher...Organicamente mulher!
Poéticamente MULHER!!
A mulher  tem a essência na alma.
Flor Mulher
 
O Senhor da Criação,
No auge de seu Amor,
Visita o jardim terrestre
E Cria a mais linda flor
Cuja beleza é sempre
Celebrada com louvor.
Refiro-me à flor mulher
Que em toda situação
(se ela nasce na relva
Ou nas brenhas do sertão)
O amor é a lei maior
Que rege seu coração.
Como mãe ela exala
Amor incondicional
Sendo ou não correspondida
Pelo lado filial.
Dá a vida pela prole
Num momento crucial.Como esposa se entrega
De corpo e alma ao marido.
Renuncia muita coisa
Em função do seu querido.
Colore a vida dele
Dando a esta mais sentido.
Conduz a sua família
Com mão de sabedoria.
Organização é arte
Que sempre lhe auxilia.
O seu estandarte é
Uma constante alegria.
Pergunto-te flor mulher:
Onde achas tanta ternura?
Como tu consegues ser
A mais bela criatura?
O que seria do homem
Se faltasse esta figura?
Como manter uma estrela
No céu claro escondida?
A flor mulher se destaca
Em todo o jardim da vida.
É a bondade divina
Na humanidade esculpida.
Houvera tantas batalhas
À conquista do jardim
Em busca de igualdade
Em relação ao capim.
A flor mulher não desiste
Resiste até o fim.
E assim vai conquistando
Espaço na sociedade.
“Uma flor mais que escândalo”!
“Respeite por caridade”!
Esta flor há muito tempo
Batalha por igualdade.
Diz-me amigo por que
Alguns homens sem valor
Vêm agir com desrespeito
Com a nossa linda flor?
Porque um jardim sem rosas
É um deserto de dor.
Como pode haver no mundo
Alguém com tanta frieza
Para maltratar o ser
Mais lindo da natureza.
Querer através do mal
Ofuscar sua beleza?
Homem honre esta mãe,
Esta esposa, esta amiga.
Seus conselhos são a voz
De Deus por isso os siga.
Ela sempre quer livrá-lo
De toda e qualquer intriga.
Homem respeite esta mãe
Esta esposa, esta mulher.
Ame-a com todas as forças,
Pois sabes que ela é
Aquele ser que fará
Por ti tudo o que puder.
Eu vejo a vida explodindo poesia em cada esquina, em cada praça, em cada menino ou menina que passa; vejo a ameaça de um destino poeta, armado da seta que lança e que laça a criança, o adulto, o humano; e o prostra num culto profano à letra, à pena, à canção que mostra da mais serena intenção à mais vil atitude. No altar da criação mil poesias dançam sua juventude, seu vigor; e avançam no ar subjugando o escritor, o canal, a vítima; e tudo é uma coisa tão surreal, tão íntima, tão pessoal! proliferando a epidemia da poesia, e re-brotando única em cada linha, em cada voz; minha, de todos nós...
Eu vejo o tempo lutando contra o pulsar do amor, mas, soberano em cada momento, o amar vencedor desmonta o complô do tique-taque sombrio e reconta seu desvario com destaques mil ao sobrepor dos versos atemporais, imerso em poemas e dilemas ancestrais. E nada mais é capaz de desafiar tal furor, tal autotrofia de causas naturais, de tanto esplendor e fantasia colossais.
Ri-se a poesia, invencível... em deliberação irreprimível... em festa...
E submissão é tudo o que resta...
 
A submissão, às vezes bonita, às vezes tola
se me acende, tentadora
com dilemas que só ela tem.

Porque da semana que vem, ninguém sabe
Pode ser que me passem a perna
Pode ser que pernas me faltem
que a preguiça me ataque de novo.

Então sinto-me estúpido
estúpido como um libertário
e seu céu de bandeiras vermelhas
a gritar, gritar sem sentido
sentindo perder a vida
com os pressupostos errados
(quem imaginaria?)

Ser submisso, pra mim, sem dilemas
seria ver o lago sem ter de pagar
dar voltas apenas por dar voltas
(pois a cidade foi feita pra isso)
ser profundo, e por isso feliz.

Mas me cobram pra andar na orla
é cara a passagem do ônibus
gasolina, então, nem se fala
e chove só de sair a passeio.

Submisso, e feliz, e submisso
de uma missão estafante
a esquizofrenia de um instante
de achar-se poder ser feliz.

Quero é uma missão vingadora
dos erros, dos poucos valores
que ainda restam: arder sem dilemas
à beira do lago, e rir sem bandeiras
das minhas pernas sem dono.
Deus quando concebeu a beleza
da alma feminina estava inanimado
na pureza das coisas que abstém o coração
de infinitas felicidades, fazendo de uma
bela obra de arte a mais pura das
poesias intitulada no livro da concepção
da vida sob divindade plena que
rege o nome Mulher !!!!
Há de haver em algum lugar
Onde ninguém se quer
Ousou penetrar, uma jóia pulsante
Cheia de vida, pura, envolvente
De sentimentos enlouquecentes!

Há de haver em algum lugar
Uma obra prima, radiante
Incomparável, divina
Jóia rara, encravada, escondida talvez
Na altivez do brilho estonteante
D’alma feminina!




Esse seu jeito franco,
cativante, intenso
essa sua alma, ora de suaves bonanças
ora de sedutoras tempestades ,
típica das mulheres marcantes,
que marcam n'alma
como um ferro de marcar,
Esse seu jeito tão peculiar
de dizer, " espera " !!
E dispensar as coisas belas da vida,
singelas ou sublimes
aquele olhar mais demorado,
tão necessário para arejar a alma,
e retirar o peso sufocante,
das asas da felicidade.



trouxe a este canto meu cantar de outrora
quando dormia somente após o terceiro minuto
da aurora, uma hora que fosse;
trouxe-mouxe aquilo que o dia pedia
restaurando o versejar, um verso que era silêncio
tornou-se silenciar, aquele que era sonho
acabou em desejo. as palavras produziram jóias
como o rubi burilado. o beijo? este foi-me dado
roubado, devolvido, guardado, e ainda há tantas
bocas para beijar.
 
as águas viraram lacrimas que viraram sangue
que viraram mel que virou gota, que me inundou.
 
o amor não mudou, mudaram, como sempre,
as amantes, e todas elas, sendo só ela; o grego
me ensinou que quem conheceu uma mulher conheceu
todas, e eu aprendi que moça mulher menina são
apenas facetas da indivisível alma feminina.
 
tudo isto eu canto, como quem quer tocar
a pele, o instrumento sonial, labial, a matéria
suave, arrepiada, molhada onde caminha o gozo
anunciado num sonido, numa interjeição, num pontear...
 
as amadas que o tempo guardou – no tempo onde para
sempre estou, passaram, deixaram seu rastro de cometa,
seu cheiro e seu brilho de arlequim, amálgama de
opala e colibri; tarde descobri que sem elas não poderia
viver, e já vivia,e as eternizava e seguia, no tempo que passou.
 
acabar-se-iam os cantos, em breves dias no recanto
pois por preguiça, ou respeito à dor, eu pouco escrevi os
amores de antes (ficava deitado na rede, concebendo um
poema, desenhando um rosto que o ouvia, repassando as
músicas que fariam fundo, o que se diria, o que se sentiria,
e o poema ia... e não voltava – sobre a dor, ela doía, eu deixava,
ela doía e afinal passava, esta dor que ainda dói todo dia –
quanto aos amores, quem está amando sabe que, o tempo
todo, só o que fazemos é amor ).
 
o poema de hoje, do amanhã, veio daqui deste sitio, de inspirações
dos comentários, de alegria das interações, das promessas
impossíveis, das críveis, às desejadas, as pedidas,
as aclamadas, destas vozes às vezes sem rosto, desse gosto de
doce, que vem dos céus, das matas, das metrópoles, das
acrópoles, dos lares – não me venham de bares, a estes eu vou! -,
estas poetisas, sacerdotisas profanas, insanas, insaciáveis
seres de luz e de escuridão, de saudades e esperanças, de paralisia
e dança, de filosofia e crença, de amor, muito amor e paixão, de
solidão e solidariedade, de infortúnio e graça, de vocês é o milagre
da poesia que se multiplica.
 
ah, musas, o espelho me acusa de refleti-las somente, de ser lago
e não narciso. eu o contradigo, não as reflito, abduzo-lhes os
desejos e traduzo a alma. musa moça mulher menina, a indivisível
e indecifrável alma feminina, a poetar por mim. "
 

Um comentário:

Anônimo disse...

Obrigada, em nome de todas as mulheres. Agua e Fogo. blogspot, agradece.